A Eurodad lançou recentemente um relatório intitulado “Mind the gap: It’s time for the IMF to close the gap between rhetoric and practice”.
No contexto da pandemia Covid-19, o Fundo Monetário Internacional (FMI) tem destacado os impactos negativos da austeridade. Em Outubro de 2020, no seu encontro anual com o Banco Mundial, encorajou os países a manterem os seus níveis de despesa pública.
Neste relatório a Eurodad analisa empréstimos concedidos a 80 países pelo FMI entre Março e Setembro de 2020. Na grande maioria dos programas, o Fundo Monetário Internacional sugere a adopção de processos de consolidação fiscal já em 2021 e de políticas de austeridade no rescaldo da crise.
A Rede Europeia da Dívida e do Desenvolvimento apela à coerência entre a retórica e a prática da instituição. Neste sentido, sugere que a eliminação de medidas de austeridade dos seus programas e a inclusão de análises de impacto nos domínios da pobreza, das desigualdades, do ambiente e do género.
Simultaneamente, apelam à emissão de novos Direitos Especiais de Saque e à disponibilização, por parte do FMI, de subvenções e de outros instrumentos de financiamento altamente concessionais, permitindo colmatar as necessidades de financiamento dos países em desenvolvimento