Dívida pública: Uma “pandemia” que insiste em desproteger os mais pobres

 

É uma das maiores preocupações do momento para as organizações da sociedade civil: a pandemia de Covid-19 levou a um aumento substancial da dívida pública, não só nos países em desenvolvimento, mas a nível mundial.

 

O relatório da Eurodad, assinado por Daniel Munevar (Senior Policy e Advocacy Officer), Uma pandemia de dívida: Dinâmicas e implicações da crise da dívida de 2020, concentra-se na visão geral das dinâmicas e implicações da crise da dívida soberana de 2020, um ano marcado pela enorme ameaça à saúde pública global e que fez escalar os níveis de pobreza em todo o mundo.

A “aparente” resiliência financeira dos países em desenvolvimento no rescaldo da crise Covid-19 é, no que diz o relatório, “enganadora”, considerando que “resulta de uma combinação de efeitos cíclicos, como ajustamentos sectoriais e respostas de política monetária desencadeadas pela pandemia”.

Segundo Daniel Munevar, “a promoção de um regresso imediato dos países aos mercados financeiros internacionais, sem resolver as vulnerabilidades da dívida exacerbadas pela crise, irá aumentar a fragilidade financeira externa dos países em desenvolvimento.”

O aumento dos encargos com a dívida tem representado elevados custos humanos e sociais para as populações de vários países. A manter-se esta trajetória, a concretização da Agenda 2030, o Acordo de Paris e a Declaração de Pequim, estão seriamente comprometidos.

Aceda ao relatório em versão portuguesa ou ao original em inglês.