O coração de uma cidade tornou-se a sua vergonha.
O rio Pasig, outrora o centro económico de Manila, é agora o reflexo de uma sociedade extremamente desigual, na qual 21,6% da população vive abaixo do limiar de pobreza, numa luta diária contra a poluição.
Desesperados por trabalho, muitos filipinos viram em Manila a solução. Traídos pelos seus sonhos, muitos acabaram a viver em construções ilegais junto ao rio. O lixo doméstico e os constantes despejos industriais transformaram o rio Pasig num esgoto.
Negligenciado durante demasiado tempo, o rio Pasig foi considerado biologicamente morto na década de 1990.
Hoje, construções frágeis feitas para acolher vidas frágeis não são mais do que madeira cravada em águas extremamente poluídas.
É um exemplo do caminho perigoso que a humanidade percorre quando as necessidades básicas humanas e o meio ambiente são ignorados.